Entre mundos

poemas – Teresa Vignoli (Teca)
fotos – Ronaldo Miranda Barbosa (Myra)

“Este livro foi tecido com fios de imagem e palavra, a partir de diálogos que fluíram entre nós na fronteira entre os mundos que nos rodeiam e os mundos que em nós habitam. Aconteceu, aos poucos, a sua trama, com textura de mistério e de cotidiano, de sonho e de simplicidade. Dessa urdidura nasceu a barca na qual convidamos vocês a navegar. Sejam bem-vindos/as!”                                Teca e Myra

Toques dos amigos:

(…) Em tempos em que tudo parece poder ser descartável, eis um pequeno e inesperado “documento” de sensibilidade e de beleza, (…)
— Carlos Rodrigues Brandão

(…) Enigmas, magias e fascínios poéticos que experimentamos agora neste belíssimo Entre Mundos (…)
— João Batista Ferreira

(…)
Venho me juntar aos que sentem!
aos que se admiram!
aos que desejam!
aos que sabem que a arte transgride, transcende e conforta! (…)
— Luciana B. Cavanellas

INFORMAÇÕES

telefone Teca : 19 991124532

entremundos.fotopoemas@gmail.com

página no Face: https://www.facebook.com/entremundos.fotopoemas/

Para comprar:

  1. Nos lançamentos, que serão divulgados abaixo.

2. nos locais de venda direta:

  • consultório de Psicologia, no horário comercial:

Av. Dr. Romeu Tórtima, 256, conjunto 3 – Barão Geraldo, Campinas/SP

tel: 32898148 – falar com Valquíria ou Teca

  • Espaço Educador Vegano “COMO?”

Rua José Martins, 585. Barão Geraldo, Campinas?SP

  • Banca de revistas da Claudinha Bertolina, em frente à Panetteria Di Capri, na Rua Maria Teresa Dias da Silva, Cidade Universitária, Barão Geraldo, Campinas.

3. Compras on-line:

acessar o link abaixo.

Lançamento em Campinas:

Lançamento em Brasília:

Lançamento em São Paulo:

Dia 28 de maio, terça-feira, na Patuscada – livraria, bar & café,

a partir das 19 hs.

Rua Luis Murat 40, Vila Madalena.

Toques sobre o livro:

Amigos Entre Mundos

Viajar entre páginas desses Entre-Mundos

Já alguns sábios da antiguidade e do presente da China e do Japão – e de que orientes mais? – sabiam bem que a imagem pode ser uma palavra que se vê. E a palavra pode ser uma imagem que se lê.

Por isso a escrita de lá é caligráfica. É um desenho para ser visto e lido. Para ser sentido e compreendido como imagem-que-fala e como palavra-que-mostra.

Bashô, o grande mestre do haicai no Japão, colocava sobre a esteira em que se sentava uma folha de antigo papel (que os chineses inventaram e que substituiu os caros e complicados pergaminhos, e mesmo os papiros) e sobre ela, com pincéis e não com algum lápis, escrevia-desenhava os seus imorredouros pequeninos poemas de três linhas.

Aqui no ocidente desaprendemos esta sutil e bela sabedoria. Nosso sistema de sinais para as nossas palavras é muito reduzido, e nossas letras para escrever poemas são muito uniformes.

E de uma maneira às vezes radical, aprendemos que um “bom livro de poesia” deve conter apenas palavras entre linhas, no meio de uma folha em branco. Apenas quando começou a escrever para crianças Manoel de Barros começou a pedir à sua filha que ilustrasse as páginas agora coloridas de seus livros.

O livro-álbum, ou álbum-livro, de Teresa Vignoli e de Ronaldo Miranda Barbosa, traz este duplo nome: Entre-Mundos – fotopoemas.

E a palavra “mundo” de propósito deverá ter no livro (ou no álbum) um assumido duplo sentido. O dos vários mundos de territórios interiores e exteriores, entre a pessoa e a natureza. E o dos “mundos do dizer e do mostrar”, que entre a fotografia e a grafia estão escritos com palavras de poesia e grafados em poemas da fotografia.

Escritos, os pequenos preciosos poemas de Teca parecem de propósito oscilar entre o haicai e a tanka – um outro modo japonês de dizer com palavras, mas agora em cinco linhas.

Assim como as imagens grafadas sugerem quase todas apenas um pequenino detalhe de todo um mundo ao redor, como se fossem um haicai-imagem, os poemas escritos querem ser um quase segredo, um murmúrio, um suspiro.

Eis um livro para ver-ler ou ler-ver, que merece ser uma vez e outras lido-e-visto, visto-e-lido, ou, – quem sabe? – lidovisto e vistolido a cada página.

Em tempos em que tudo parece poder ser descartável, eis um pequeno e inesperado “documento” de sensibilidade e de beleza, cujo maior perigo é poder ter algumas de suas páginas arrancadas para virarem, em alguma casa, pequenos e preciosos quadros na parede. O que de modo algum não seria uma má ideia.

Carlos Rodrigues Brandão

Campinas, novembro de 2018

A arte de amar e inventar a vida

“O que é a poesia?” perguntaram certa vez para Borges. “Se me perguntam, não sei, se não me perguntam, eu sei”. A sábia não-resposta nos remete ao enigma maior das experiências poéticas, à magia dos contatos mais intensos com a vida, ao fascínio dos modos sensíveis de saber que tornam nossas existências mais reais.

Enigmas, magias e fascínios poéticos que experimentamos agora neste belíssimo Entre mundos – um presente que Teca e Ronaldo nos oferecem. Uma dádiva, que nos faz vivenciar a felicidade como algo que a vida nos dá.

São muitos os encantos destes poemas-imagens. Delicados e potentes, eles nos convidam a experimentar travessias em nossos modos habituais de existência. Com gestos sutis, as imagens-poemas vão dispondo palavras e cenas do mundo aparentemente despojadas… E, num instante, nos fazem descortinar pequenos mundos, universos inteiros, que nos levam a um estado de sublime admiração.

Destacar este ou aquele poema-imagem? São, todos eles, astros de uma constelação que nos fazem perceber movimentos vitais, lugares inusitados, temporalidades outras, magicamente reinventadas. São gestos de composição de outras paisagens do mundo, que criam outras formas de sentir. Sopros de vida que nascem na plenitude de um instante. No espanto lúcido que experimentamos quando tocamos o mistério e nos sentimos mais vivos.

Sim, são muitos os encantos deste corpo-a-corpo da criação, destes convites para habitarmos o infinito que pode existir no lugar entre mundos. Lugar onde acontecem as alquimias profundas que animam a dança para “a vida que surge em nós”, como vemos no poema Mago.

Dança com os movimentos dos modos de existência que vão expressando as forças poéticas diversas do verbo viver: olhar, escutar, respirar, flutuar, sonhar, escrever, pintar, cantar, iluminar, despertar, criar… amar.

Amar. Não é a arte maior de invenção da vida? A experiência que só é possível entre mundos, no contato recíproco com outro ser? “Dá-me tua mão”, diz o convite de Clarice Lispector, que ressoa também com Drummond: “O presente é tão grande, não nos afastemos / Não nos afastemos muito, vamos de mãos dadas”. Poema que ganha atualidade ainda mais intensa neste tempo que nos foi dado viver. São também os convites deste admirável trabalho de Teca e Ronaldo: para movimentos que vão compondo andamentos mais amplos, para a maior de todas as danças: a arte que dá mais sentido ao viver – a arte de amar e inventar a vida.

João Batista Ferreira

Rio de Janeiro, novembro de 2018

Saudação

Venho me juntar aos que querem saudar esse encontro. Encontro estético, ético e poético.

Dons a serviço de um modo de olhar e ver; dons a serviço de ver a beleza que há nas coisas. Encontro de sensibilidades.

Sensibilidades que, quando se encontram, geram força e comoção e nos lembram que é sublime o sentir.

Venho me juntar aos que sentem!

aos que se admiram!

aos que desejam!

aos que sabem que a arte transgride, transcende e conforta!

E, quando a arte se apresenta, é preciso celebrar…

Por isso, venho celebrar o encontro artístico de Ronaldo e Teca e convidar a todos para saborear este ofertório de graça, luz e beleza.

Que seja bela também a experiência de cada um.

Venham!

Luciana B. Cavanellas

Rio de Janeiro, novembro de 2018

Matéria publicada para o lançamento do livro em Brasília, por uma das grandes poetas do país e jornalista de alta qualidade:

Entre Mundos – fotopoemas : delicadezas a quatro mãos

Angélica Torres –

novembro de 2018

Nesta sexta-feira, 5 de abril, uma filha pródiga de Brasília volta à casa para lançar um livro-álbum. Após 15 anos sem publicar seus poemas, Teresa (Teca) Vignoli apresenta a nova safra de versos, conjugados página a página com fotos de Ronaldo Miranda Barbosa. Daí o nome Entre Mundos – fotopoemas, projeto antigo, sonhado e gestado por ambos nas Oficinas de Criatividade com Palavra e Imagem, desenvolvidas com alunos de graduação em psicologia e de especialização em Gestalt-Terapia, em Campinas (SP), Rio e São Paulo. O lançamento será no restaurante Carpe Diem (104 Sul), após as 19h.

Entre Mundos é uma coletânea de 29 curtos e delicados poemas de contemplação da Natureza. Leveza e suavidade são marcas registradas de Teresa Vignoli, como se pode sentir em “Ancestral”: O tempo emerge/ do Céu Profundo. / Vem respirar/ a luz do dia. Ou neste: A vida / em suspenso/ dança. Seus trapos, / farrapos de vento. E em mais este, “Estrela d’água”: Nas margens de Tudo/ pergunto:  ̶  para onde me levarás / a que mundos?. Os breves poemas dialogam com as fotos de Ronaldo Miranda (na foto com Teca Vignoli), de igual maciez, enlevo e textura-tessitura.

Em formato retangular, com capa dura e fotos em policromia sobre papel couchê, Entre Mundos recebeu tratamento gráfico de livro de arte, primoroso, levezinho, harmonioso com a proposta da poeta e do fotógrafo, que há 25 anos cultiva o que flagra como hobby e se autointitula “um passageiro do olhar”. No prefácio, o antropólogo carioca e também poeta, Carlos Rodrigues Brandão, traduz as ilustrações como haicai-imagens e os poemas, como murmúrios e suspiros.

Para este professor da Unicamp, os pequenos poemas de Teresa parecem oscilar entre o também haicai e a tanka, poesia japonesa escrita em três e em cinco linhas, respectivamenteE, embevecido, parece quase sugerir um ato de vandalismo literário, ao dizer que o maior perigo do livro é poder ter suas páginas arrancadas para virarem pequenos e preciosos quadros na parede de alguma casa – “o que não seria, de modo algum, má ideia”, pondera com humor.

A POETA – Teresa Vignoli nasceu e viveu no Rio, até se graduar. Lá publicou poemas na coletânea Pa Lavra e Alambique (1973) e na revista Quaternio (1975), organizada por Nise da Silveira, de quem foi aluna dileta. Tanto assim que, ao se decidir por morar em Brasília, Teca, como os amigos a chamam, foi acolhida, a pedido da doutora Nise, por sua antiga amiga, a também psicóloga Mariana Alvim, que foi colaboradora e amiga de Darcy Ribeiro na UnB. Hoje ela tem dado palestras sobre vida e obra da renomada Mestra, a convite de universidades e instituições de psicologia do país. 

Teca viveu por quase uma década em Brasília, entre 1978 e 86 (na foto da época, abaixo, Paulo Tovar, Renato Matos, Teca, Noélia Ribeiro, Nikolas Behr, Paulinho Mattos e Tita Lima). Após ter trabalhado no Hospital Sarah Kubitschek, participado com sua poesia do Movimento Cabeças e das coletâneas 20 POrrETAS (Brasília, 1980) e 27 POrrETAS (Brasília, 1981) e se despedido da cidade que ama lançando o livro-solo Asa Verso (1986), ela se casou e mudou-se com a família para Campinas (SP). Lá, publicou e lançou o livro Chama Verbo (2000), em parceria com Silma Coimbra, e criou com colegas uma clínica de psicoterapia para atendimento a adolescentes e adultos, trabalho que refinou ainda mais a sensibilidade humana com que a natureza a brindou.

Teresa e dra. Lúcia Braga iniciaram carreira na área da saúde, quase juntas, na Rede Sarah Kubitschek e é dela, hoje presidente da Instituição, o depoimento: “Sou grande admiradora da genial escritora, poeta e sobretudo pessoa, Teresa Vignoli. Nossa querida Teca tem uma dimensão humana que transborda em impressionante sensibilidade, ao transmitir, com palavras escolhidas com carinho e delicadeza, esse olhar tão especial sobre o mundo. Com Entre Mundos ela, mais uma vez, partilha conosco esse olhar”.

E “Lucinha”, como Teca a chama, não para por aí. “Para mim, é imenso o privilégio de tê-la conhecido e de termos trabalhado próximas, durante anos, no hospital Sarah e mais: de poder ainda conviver e aprender com essa amiga de coração tão grande e acolhedor. Querida, seja muito bem vinda de volta a Brasília!”, acena à antiga companheira.

Nicolas Behr, outro dos primeiros amigos que Teca fez em Brasília e que até hoje mantém com ela o vínculo do antigo afeto –, ao comentar o livro, fez um quase poema: “Ah, essa ânsia em compartilhar. Essa vontade de troca. Não guardar para si. Esse grande mistério: a poesia. De onde vem? Ninguém sabe. Nem a poesia. Entre Mundos é um testemunho, uma prova de que, sim, é possível um mundo melhor. Com mais poesia e harmonia”. 

Entre Mundos – fotopoemas – De Teresa Vignoli e Ronaldo Miranda Barbosa. Lançamento na sexta-feira, 5/4, no restaurante Carpe Diem (104 Sul), após as 19h.

Fonte: ps://brasiliarios.com/colunas/76-angelica-torres/1016-entre-mundos-fotopoemas-delicadezas-a-quatro-maos

MAIS UM LANÇAMENTO!

No Rio, minha cidade natal, de onde sai há mais de 40 anos. O parceiro Ronaldo mora em São José dos Campos e hoje também dirigiu-se pra lá. Receberemos amigos, parentes e colegas. Vai ser, com certeza, uma noite de muito afeto!

Sejam bem-vindos, amigos do Rio!